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Mostrando postagens de setembro, 2011

Minipéia

(Alexandre Lessa) Nascemos Vivemos Morremos De um sebinho À vida. De uma vida A adubo. Da fétida gênese Às pútridas histórias. No final... Bosta.

BALUARTE DO AMOR

(Dhiogo Caetano)          No coração, na alma ou no corpo...          Quanta ilusão, sem um reflexo de compaixão.          Isolado assim estão meus versos e poemas.          Por que!          Se nada vem de mim...          Existo somente pra ti!

O Dia Que Carla Camuratti Achou Um Sorriso - Parte 3.

(J. C. Peu) Sozinha com o seu medo, ela andava olhando para frente ou para baixo, nunca olhava para os lados, pois evitava olhar para o interior das casas ou para os rostos das pessoas. As portas abertas das casas sempre desvelavam o que deveriam ocultar. Eram mulheres descabeladas que passavam todo o dia cuidando das crianças e das demais tarefas da casa vestidas o dia inteiro com suas roupas de dormir. Homens sem camisa e com bermudas sempre caindo, em resultado de usarem números mais altos que os seus. Crianças sempre sujas que pareciam multiplicar de número a cada vez que desviava o olhar. E, o que era o pior de tudo, homens com bermuda caindo revelando seus pêlos pubianos junto com mulheres em roupas de dormir leves e transparentes. Realmente era melhor não olhar para dentro dos casebres. Sentia-se sozinha, também, quando precisava desviar das motos. Muitas eram conduzidas por pais de família que ganhavam a vida levando as pessoas de um lado para o outro, mas, muitas outras er

ALOE VERA DO MEU JARDIM

(Dhiogo Caetano) Uma planta medicinal. Em um cantinho reservado para ela e para suas filhas a paz do meu jardim. Folhas longas, espinhos, verde, flores, medicamento... De cor exótica é faz a diferença no meu jardim. E a preferida entre tantas! Em um cacho gigante suas flores. Flores majestosas, aromáticas, laranjadas... Em seu pequeno canteiro o amor reina. Um pequeno espaço por onde inúmeras de suas filhas se alastram. Aloe vera do meu jardim... Uma planta encantadora. Complexamente aloe vera.

Dicionário Sentimental de Coisas (In) Úteis

(J. C. Peu) Escola: A escola é um ajuntamento de salas vazias, a não ser por mesas e cadeiras, onde pessoas de mente vazia vão lá para depositarem o conteúdo de suas mentes nas mentes de pobres crianças, também de mentes vazias. É um lugar bem legal, caso desconsideremos que parece que todo mundo que trabalha lá se diz mais conhecedor da vida, e da forma como a vida funciona, que você.

O Dia Que Carla Camuratti Achou Um Sorriso - Parte 2.

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(J. C. Peu) O ônibus contorna um morro numa curva bastante acentuada para a direita, anda por uns 150 ou no máximo 200 quilômetros , faz nova curva para a esquerda, acelera um pouco e, depois de atingir uns 75 ou 80 quilômetros por hora, freia com força para não passar do ponto. Talvez não mais que cinco minutos e todo um microcosmos que é o lixão do caminho das torres some completamente das vistas dos passantes. Mas ele ainda está lá, mesmo que não o vejam. Vencida a barreira do caminho das torres, Carla sentia medo, também, de passar pelos homens armados na entrada da comunidade “A”. Para entrar lá, qualquer pessoa, tinha de responder a perguntas que os bandidos faziam. O que era estranho é que o medo que os bandidos sentiam de serem surpreendidos por outros bandidos da comunidade vizinha, levava-os a bolarem perguntas sobre toda a sorte de coisas e de todo grau de dificuldade. Parecia que se uma pessoa fosse capaz de responder às suas perguntas, não havia a possibilidade de que

Escritores de domingo

Li o livro "A Idade da Razão", de Sartre, tempos atrás, e o termo "escritores de domingo" ficou na minha cabeça. No dia 19 de agosto deste ano criei o blog com este nome "Escritores de Domingo", pois achei interessante a ideia de que, alguns escritores como eu, são realmente isso, "Escritores de Domingo". Fazendo uma pesquisa no google, procurava maneiras de fazer meu blog se tornar mais visível nas pesquisas do google, até agora não encontrei esta fórmula mágica, achei esta postagem, encontrada no endereço: http://antologianiilista.blogspot.com/2011/02/escritores-de-domingo.html Gostei de relembrar da gênese do nome do meu blog, embora não tenha apreciado muito a leitura de "A Idade da Razão". A única coisa que tirei de proveito foi saber dos "Pintores de Domingo", e dos "Escritores de Domingo". Escritores de domingo "-- Foi esse Gauguin que fugiu? -- perguntou repentinamente Ivich. -- Sim -- disse Ma

ABRAÇO NA ALMA

(Dhiogo Caetano)           Algo totalmente diferente.           Nunca tinha vivido a experiência de sentir aquela paz plena.           Deixei de existir por um segundo.           Meu coração batia mais forte, uma luz invadia meu ser.           Permaneci ali totalmente sem expressão.           Em inúmeras vezes abracei, mas nunca com aquela intensidade.           Poeticamente falando aquele momento era sublime, mágico, surreal.           A transparência da neblina completava a essência daquele lugar.           Posso ouvir os cânticos gregorianos e as vozes dos anjos que entoa a complexidade daquele momento.           Sentia o toque, mas era diferente algo nunca antes vivido por um mortal.           Um toque, um simples abraço que purifica a alma.   

Dicionário Sentimental de Coisas (In) Úteis

(J. C. Peu) Computador: É um caderno que podemos ligar na tomada. Se no caderno podíamos escrever nas contra-capas poesias, letras de músicas, desenhar, no computador podemos fazer a mesma coisa, e ainda mais um pouquinho, como jogar, ouvir música, o assistir a vídeos no ‘you Tube’. A vantagem do computador é que podemos viajar mais dentro dele. A desvantagem é que se faltar energia elétrica...

A MÉTRICA DOS PASSOS ENSAIADOS

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(Dhiogo Caetano) Infinitamente arte... Uma dança ao som de uma bela música clássica. Aquela menina baila como um anjo que paira no ar. Não consigo definir sua forma, mas a sua beleza é inigualável. Todos se encantam, com tão grande beleza. A métrica se funde com a musicalidade. Seus gestos maravilhosamente suavizam o ambiente. Uns choram, outros simplesmente ficam em transe diante da magia da dança. Os seus passos metricamente ensaiados corroboram para complexidade do momento. Lentamente ela se entrega à arte da dança. Todos mentalmente seguem os seus passos pelo salão. Um belíssimo coral se funde para contemplar, dança e cantar aquelas canções. Uma menina, uma mulher, um anjo, uma deusa... A arte plenamente viva... A fusão de amor, ensaio, magia, canção, emoção... Bravamente ensaiados aqueles passos metricamente suavizados. Aplausos!  

O Dia Que Carla Camuratti Achou Um Sorriso - Parte 1.

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(J. C. Peu)             Vários urubus reviravam o lixo em busca de comida. Às vezes, quando uma pessoa passava muito perto, olhavam de forma ameaçadora. Se alguém se aproximasse um pouco mais, davam pequenos vôos e pousavam alguns metros mais distante, o tanto quanto pudessem considerar uma distância segura. Mantinham suas asas abertas para parecerem maiores e mais ameaçadores do que eram realmente. O movimento de ficarem parados observando as pessoas com as asas abertas servia, também, para permanecerem preparados para novos vôos que os afastariam mais alguns metros de qualquer um que se aproximasse novamente.             Carla tinha medo de passar pelo caminho das torres, como era chamada uma faixa regular de terra que tinha grandes torres de energia e seus cabos como firmamento e, em baixo das torres, dois campos de futebol e um lixão onde habitavam os urubus. O já referido caminho das torres ligava uma comunidade carente que fica de um lado das torres a outra comunidade caren

Drogaria

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(J. C. Peu) Ali havia uma casa Hoje há uma drogaria. Naquele shopping existia,  Não a muito nem a pouco tempo atrás, Um brejo. Aterraram. Com barro vermelho,  Entulho e saibro Socaram, Com bate estacas E tudo o mais. Se eu fosse um sapo Choraria. Ali havia também um barraco. Hoje há uma drogaria De uma rede rival À drogaria que agora existe Do outro lado da rua Onde antes era uma casa Simples,  De tijolo e cimento, Que existia. Ali havia uma árvore Do outro lado do muro, Onde um terreno baldio Também havia. Hoje a árvore ainda existe E o terreno baldio também, Resistem. Viraram até ponto de encontro Para os usuários dos produtos Da drogaria. Ali existiam corujas, Sapos, brejos, casas e barracos. Hoje existem shoppings, prédios, Estação do metrô, Drogarias. Se eu fosse uma coruja poliglota Chirriava, Piava, Grasnava, Crocitava, Gritava, Chorava, e, Quem sabe até Latia. Este livro pode ser comprado no site do Clube de Autores. A arte da capa é de Thiago Miranda de Oliveira.

Dicionário Sentimental de Coisas (In) Úteis

(J. C. Peu) Abridor: Objeto de metal, que serve para abrir latas ou garrafas de cerveja, mas, na falta, para abrir latas utilize uma faca grande, perfurando a lata e forçando a faca para produzir uma abertura. Para abrir garrafas, utilize a quina ou lateral de uma mesa, encoste a garrafa e dê uma pancada, é batata! Dá para abrir, também, com os dentes da parte de trás da boca, mesmo que este processo não seja recomendado pela Sociedade Brasileira de Odontologia.

Literatura Democrática

(Dhiogo Caetano) LITERATURA DEMOCRÁTICA           Na atualidade podemos encontrar inúmeros espaços editoriais e virtuais que promovem a integração de projetos de incentivo à leitura, e a inclusão literária de forma mais abrangente. Com o intuito de gerar oportunidade de desenvolvimento cultural e inclusão de escritores no mercado editorial, seja no território nacional ou internacional.           Estes espaços na rede possibilitam a realização de um manifesto de inclusão literária, realizada por inúmeros autores do mundo que corroboram para a valorização da escrita e da leitura.           Hoje, são muitos que interessam em construir um mundo melhor através da escrita, são vários os escritores que se lançam neste universo das letras, visando encontrar parceiros sensíveis e voluntariosos para formar uma rede de colaboradores.           O projeto traçado por estes colaboradores esta voltado para uma literatura analítica e profundamente crítica da realidade, onde se pode

Contos Imediatos

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(J. C. Peu) Dou parabéns a todas as pessoas que trabalham na editora Terracota. Não conhecia esta  editora. Estava procurando algum livro de ficção científica de autores brasileiros para comprar, pois sempre tive algum preconceito quanto a autores brasileiros escrevendo este gênero. Já havia lido algumas boas histórias, mas alguns autores deixavam muito á desejar. Encontrei um livro da editora Devir Livraria sobre política intergalática, ou alguma outra coisa parecida, chamado "Assembléia Estelar", mas a capa não era chamativa. Se a editora não teve o cuidado de escolher uma boa capa, como poderia confiar que fez uma boa escolha de autores e histórias? Sei que não se julga um livro pela capa, mas, não se pode negar, que boas capas podem pescar leitores que não possuem muitas imformações sobre determinado livro, que era o meu caso. Foi quando encontrei o livro "Contos Imediatos" e procurei no Buscape. Achei com o preço de R$ 26,00, mas com o valor do frete sairia

O Planeta dos Macacos – A Origem

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(J. C. Peu) Poucos filmes criaram em mim tanta expectativa para este ano quanto “O Planeta dos Macacos – A Origem” . Não me decepcionei. Muitas vezes, criar expectativas pode resultar numa imensa frustração. Em certas ocasiões, não alimentar expectativa alguma em relação a um filme se mostra uma opção muito melhor. Lembro perfeitamente da frustração que me causou esperar com ansiosidade o lançamento do filme “A Fonte da Vida”. Eu acompanhei por meses todas as notícias que apareciam sobre o filme. Acreditava que o projeto resultaria num grande filme de ficção científica. Foi frustrante ver que o resultado não se mostrou nem um bom filme de ficção científica, nem um bom filme de romance, já que foi isso que acabou se tornando. No quesito filme que não criei expectativa alguma em relação a ele, “X-Man – Primeira Classe” me surpreendeu muitíssimo. Assisti aos dois primeiros filmes no dia do lançamento no cinema, mas quanto ao terceiro, esperei chegar na locadora. Não eram filmes hor

Mundo

(J.C.Alcantara) Se eu estou feliz O mundo está. Se estou triste, Triste o mundo está. Eu sou o mundo Que me rodeia. Seu pó é o sangue Que corre nas minhas veias. Seus átomos, água e ar, Me constituem como o sal ao mar. Eu sou a luz da vela que se extingue Bruxuleante num bar.

Dicionário Sentimental de Coisas (In) Úteis

(J. C. Peu) Celular: É uma das melhores formas de se comunicar. Serve para tirar fotos, assistir a vídeos, realizar vídeos, ouvir música, mandar e-mail. Serve para falar, vez em quando... O meu, parecia um pai de santo, só recebia. Era pré-pago, e eu só colocava créditos quando recebia mensagem informando que poderia ser cancelado. Hoje, coloco uma quantia X e ganho 5X em bônus para falar á vontade. Pena que não tenho o número de ninguém na minha agenda...

Dicionário Sentimental de Coisas (In) Úteis

(J. C. Peu) Iogurte: Para mim, o melhor de todos os iogurtes é o tipo ‘petit suisse’, e quando tinha ‘petit suisse’ na minha casa eu sabia que podia pedir dinheiro ao meu pai. Estranho é que iogurte de morango é mais gostoso do que a fruta em si, e, mais estranho ainda, é que comer iogurte com o dedo é mais gostoso do que com a colherinha.

No Trem Para Japeri 2

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(J. C. Peu) Ao correr para garantir um lugar sentado no trem para Japeri, pensava apenas em ir para casa sentado,  descansando, nada mais me ocorria. Da Central do Brasil até a estação de Comendador Soares  em Nova Iguaçu, para onde me dirigia, são aproximadamente 60 minutos, e mesmo num sábado á tarde,  o movimento de pessoas é bastante intenso.             Consegui sentar e, logo que a voz um pouco metalizada do homem do auto-falante anunciou que aquele trem, parado na plataforma 8 linha H, era o próximo com destino a Japeri, todos os lugares vagos foram ocupados como num passe de mágica.             Uma mulher, com não mais de 30 anos de idade, acompanhada de seu namorado e outro rapaz que, entendi depois, era seu sobrinho, sentou-se ao meu lado. O trem já estava lotado. Não havia lugar para os 3 viajarem sentados. O namorado ficou em pé na sua frente, enquanto o sobrinho ficou estacionado diante de mim.             Eu tentava ler uma revista, mas a conversa do trio não me perm

O Caso da Coruja

  (J. C. Peu) Esta reportagem bem que poderia ser um conto por todo o seu teor passional; poderia igualmente ser uma fábula, posto seu tom simbólico. Mas, nem conto nem fábula, esta reportagem é notícia, pura e simplesmente notícia. O senhor Coruja, morador do velho ipê roxo, num acesso de fúria, atirou contra um grupo de jovens que estavam reunidos perto de sua árvore e veio a matar um deles, um dos filhos do meio do Sr. Hiena; além de deixar também mais dois feridos, dois jovens macacos de duas famílias conhecidas e respeitadas de macacos. O Sr. Coruja após o ocorrido entregou-se ao delegado da floresta, o Sr. Leão. Este, soltando fogo pelas ventas de raiva e indignação por tamanha atrocidade, quase devorou o Sr. Coruja quando ele disse que só falaria alguma coisa a respeito do crime na presença do seu advogado. Se tudo dependesse do leão, se ele fosse mesmo o rei da floresta, coitado do Sr. Coruja. Cá para nós, todo mundo sabe que o Sr. Leão é velho conhecido do Sr. Hiena,o pai