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Mostrando postagens de 2011

UM CURTA-METRAGEM POÉTICO

(Dhiogo Caetano) Pseudônimo : Muso Lírico    Nunca tive medo...  Expressionismo constante. Quantas palavras de amor. Um cubismo invariável. Enfim, no meu caminho o surrealismo. Métricas, ritmos, rimas, imagens e poemas. Concretismo em meio a paradoxo, prosopopéia, anáfora, aliteração. Um haicai em assonância, paranomásia, onomatopéia e paralelismo. Poema e movimento catacrese, eufemismo e por aí vai... Futurismo irônico, sob efeito elipse com uma forte hipérbole dos versos em gradação. Dístico do dadaísmo que narro. Tercetos, quartetos, sexteto, septilha, oitava, nona e décima emoção poematizada. Formas fixas, mas com chaves antropofagicamente poéticas. Natureza, escultura, amor, morte... Enfim a semana de arte moderna. Minha amada em versos regulares, livres e brancos. Aqui nasce o antitradicionalismo através da comparação. Também sinto o movimento do humor que metaforicamente recito ao léu. Liberdade de criação e expressão, metonicamente preciso falar. Há uma aproximação entre a lín

Pedido de Desculpas

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Por alguns problemas pessoais não pude postar a parte final do capítulo dois de "Causa Mortis", mas estou corrigindo a falha. Espero que gostem. J. C. Peu

CÉLEBRE PASSADO FUTURO

(Dhiogo Caetano)  Por anos vivi em Uruana. Nasce e lá  me criei. Por isso sou goiano, uruanense: olá o sotaque. Ruas estreitas onde posso avista as carroças e carroções. Minha pequena cidade, a terra que nos alimenta. Em um passeio poético o encontro de Dona Ana e o rio Uru. Eternamente Uruana. A nossa volta a natura, uma magia que paralisa o trabalho. Vem de Uruana, de suas grandes festas de setembro o tradicional cultivo da melancia. Com desejo de agradecer, que venho a escrever, sobre esta terra que tudo que planta dá. De Uruana trago os produtos da terra, que ora te ofereço. Desta cultura agrária a emoção do homem do campo, que planta e colhe com suas próprias mãos, os frutos que esta santa terra nos há de contemplar. Pequena cidade, mas a capital nacional da melancia. Ta vendo as casinhas da avenida, nelas a história e um passado futuro. Aqui fui feliz, simples e goiano. Hoje sou artista, historiador, professor e escritor. Uruana é  apenas uma imagem grava na memória. Mas sinto

Num Banco de Ônibus

(J.C. Peu) Olho para os carros Plantados no chão. Sinto os pneus Penetrarem O asfalto. O trânsito parado, Um garoto correndo, Assalto.

Agnela... Em conflito...

(Dhiogo Caetano) Escolhi o pecado... Encolheste-me! Em mim mesma... Aprisionada! Subjugada! Nego o meu ser! Já não sei quem sou... Será que tenho vida? Vida... Penso que existo... Mas em outras dimensões e existências. Corro de olhos fechados. Nada quero ver! Quero fugir de todos e de tudo... De mim mesma... Escolhi o pecado... Devora-me! Mas com quem, irei confessar? Se nada existe! Correr é  o melhor a fazer! Esconder de mim mesma. De todos! Na agonia morrerei. Mas há  vida? Já estou morta? Nada sei e nada saberei... Esconda-me daquele santo! Divino simplesmente divino.   Símbolo do amor... Mas o que é  amar? Que sou eu? Estou escondida no nada de um tudo a minha volta. Finjo estar viva... Em um mundo só me... Esqueço que escolhi o pecado! Nego o santo, divino, amor... Não sei quem sou eu!

CRETINA LEMBRANÇA

(Dhiogo Caetano)             Quando estou plenamente feliz, evito pensar.           Não quero lembrar daquela história...           Um momento de prazer, mas de muita repulsa.           Tenho medo e busco a pagar este passado presente.           Queria colocar um fim!           Mas a minha mente esta sempre a refutar.           E nas lembranças encontro com a cretina lembrança.           Dilacera a alma e destrói o coração.           Não quero descrever a forma do ser.           Quero esquecer de tudo!           E os sentimentos vividos naquele momento eu quero assassinar.          Eu Guardo em mim um Deus, um louco, um santo, um anjo, o bem e o mal.          Eu guardo em mim tantas canções, tantas manhãs e aquela cretina lembrança.          Mas não quero lembrar!   

Dicionário Sentimental de Coisas (In) Úteis

(J. C. Peu) Abaixo-assinado: Já assinei vários, mas nunca um tão controverso quanto o que era referente a atestar os bons antecedentes de um rapaz conhecido que havia atirado contra a sua companheira. Ele não era uma pessoa tão íntima, já havíamos conversado algumas vezes por conta de outros conhecidos em comum, mas nada que fizesse com que eu soubesse mais sobre ele do que o seu primeiro nome. Bom que esta minha assinatura não resultou em nada mesmo...

A IMPROPRIEDADE

(Dhiogo Caetano) De goiano não civilizado, baiano laico, mineiro parado. Deus nós livra. De paulista anti-social, sertanejo atraso, índio preguiçoso. Deus nós livra do mal.

Dicionário Sentimental de Coisas (In) Úteis

(J. C. Peu) Abacaxi: Quando doce, não tem fruta melhor no mundo, mas, quando azeda, faz com que fechemos os olhos com força, como se isso fosse diminuir o gosto forte. No terreno de um vizinho, uns vinte anos atrás, tinha muitos pés de abacaxi. Quando eles estão bem pequenos parecem flores. Infelizmente, impedi que muitos abacaxis madurassem, brincando de dar flores para namoradinhas, mãe, tias, ou por maldade mesmo. Crianças são assim...

Dicionário Sentimental de Coisas (In) Úteis

(J. C. Peu) Abacate: Abacate é uma fruta que me lembra os mais pobres momentos de minha pobre existência, financeiramente falando. É uma fruta que comíamos, eu e minha irmã, como substituta de algumas refeições, amassada com açúcar. Na época, minha mãe trabalhava para sustentar dois filhos e uma irmã que teve poliomielite. Mas era gostoso!

O Dia Que Carla Camuratti Achou Um Sorriso - Parte Final.

(J. C. Peu) No interior do colégio a mandíbula dentro do saco plástico parecia sorrir e, se sorrir fosse mostrar os dentes, era exatamente isso que faziam aqueles 30 dentes ensangüentados. Sorriam debochando de uma sociedade que já ultrapassou a barreira entre selvageria e civilidade há muito tempo, mas que não tinha coragem o bastante de admitir este fato. Carla foi levada para casa pela própria diretora e, do interior do carro, olhava os homens armados que impediam o direito dos homens desarmados ir e vir, vir e viver. Num esforço descomunal, verteu lágrimas como sacrifício em favor dos pecados do mundo. Ela como que torcia sua retina em busca de mais algumas gotas de lágrima. Já havia chorado muito naquele dia, parecia não ter mais gota alguma de lágrima em seus olhos. Sentia-se cansada. Não lutaria mais contra o mundo á sua volta. Sentia-se pronta para conformar-se com o mundo à sua volta passivamente. Chegou á conclusão que sua luta muda contra o sistema, inevitavelmente, resul

Clímax Avassalador... Amor Maldito...

(Diogho Caetano) Na minha alma, Os lírios e rosas Entre paz o algritos & prantos! Com seu doce veneno Alimenta-me... Sufoca-me... santa musa! Com a teu luz sutil! Com teu amor transcendental... Quero apaixonar por ti! Quero morrer... De prazer... Oh desejo macabro... Sagrado e profano. Estranho desejo... Oh amor maldito que me sufoca. Sentimentos profundamente isolados. Complexa luz que devora a minha alma. Um dia apaixonado, no outro poeta e hoje nada mais!

O Dia Que Carla Camuratti Achou Um Sorriso - Parte 5.

(J. C. Peu) Ao dar um passo após outro adentrando na escuridão, Carla percebia que a luz, ou o alcance dela, era ritmado pelos seus passos. Á medida que dava um passo à frente, a escuridão retrocedia, também, um passo. Conseqüentemente deu um passo após outro, dançando pelo corredor, forçando a luz a bailar com ela no ritmo que escolhesse. Um passo em salsa, outro em valsa, um terceiro em bolero ou ragtime. Ao chegar ao banheiro não mais sentia tanto medo quanto antes. Abrindo a porta, sentiu um cheiro ocre, que por um segundo associou ao odor do vinagre, mas, no segundo seguinte, desconfiou que não era exatamente vinagre o cheiro que sentia. Não havia muita luz no banheiro e Carla abriu a porta com a mão esquerda e, sem demora, com a mão direita tentou encontrar o interruptor que faria o favor, se alcançado, de iluminar todo o espaço ali. Não encontrou. “Coisa estranha. Havia um interruptor aqui ainda ontem, ou antes de ontem, já não lembro exatamente de mais nada.” – Pensou ela. A

O Dia Que Carla Camuratti Achou Um Sorriso - Parte 4.

(J. C. Peu)    Havia pouco tempo que Carla estava estagiando no colégio Anatole France. Os longos corredores do antigo prédio, recentemente reformado, mesmo que bem iluminados causavam-na sempre certa cisma. O medo ia embora   na presença de outras pessoas que todos os dias eram quase uma multidão. Alunos, professores, merendeiras, faxineiros, inspetores, etc... Neste dia específico, não havia alunos nos corredores. As aulas foram suspensas e muitos funcionários aproveitaram para não trabalhar e voltaram para suas casas. Os corredores estavam vazios, Carla caminhava temerosa contando seus passos como quem se apega à esperança de encontrar um tesouro, rumo ao gabinete da diretora. Queria perguntar se poderia ir embora, e se aquelas horas que deveria fazer naquele dia seriam descontadas. Caminhava vacilante quando da porta de uma das salas de aula saiu um homem vestido com um guarda-pó branco, onde se lia alguma coisa no bolso do lado esquerdo do peito, mas que ela não conseguiu ler o

Minipéia

(Alexandre Lessa) Nascemos Vivemos Morremos De um sebinho À vida. De uma vida A adubo. Da fétida gênese Às pútridas histórias. No final... Bosta.

BALUARTE DO AMOR

(Dhiogo Caetano)          No coração, na alma ou no corpo...          Quanta ilusão, sem um reflexo de compaixão.          Isolado assim estão meus versos e poemas.          Por que!          Se nada vem de mim...          Existo somente pra ti!

O Dia Que Carla Camuratti Achou Um Sorriso - Parte 3.

(J. C. Peu) Sozinha com o seu medo, ela andava olhando para frente ou para baixo, nunca olhava para os lados, pois evitava olhar para o interior das casas ou para os rostos das pessoas. As portas abertas das casas sempre desvelavam o que deveriam ocultar. Eram mulheres descabeladas que passavam todo o dia cuidando das crianças e das demais tarefas da casa vestidas o dia inteiro com suas roupas de dormir. Homens sem camisa e com bermudas sempre caindo, em resultado de usarem números mais altos que os seus. Crianças sempre sujas que pareciam multiplicar de número a cada vez que desviava o olhar. E, o que era o pior de tudo, homens com bermuda caindo revelando seus pêlos pubianos junto com mulheres em roupas de dormir leves e transparentes. Realmente era melhor não olhar para dentro dos casebres. Sentia-se sozinha, também, quando precisava desviar das motos. Muitas eram conduzidas por pais de família que ganhavam a vida levando as pessoas de um lado para o outro, mas, muitas outras er

ALOE VERA DO MEU JARDIM

(Dhiogo Caetano) Uma planta medicinal. Em um cantinho reservado para ela e para suas filhas a paz do meu jardim. Folhas longas, espinhos, verde, flores, medicamento... De cor exótica é faz a diferença no meu jardim. E a preferida entre tantas! Em um cacho gigante suas flores. Flores majestosas, aromáticas, laranjadas... Em seu pequeno canteiro o amor reina. Um pequeno espaço por onde inúmeras de suas filhas se alastram. Aloe vera do meu jardim... Uma planta encantadora. Complexamente aloe vera.

Dicionário Sentimental de Coisas (In) Úteis

(J. C. Peu) Escola: A escola é um ajuntamento de salas vazias, a não ser por mesas e cadeiras, onde pessoas de mente vazia vão lá para depositarem o conteúdo de suas mentes nas mentes de pobres crianças, também de mentes vazias. É um lugar bem legal, caso desconsideremos que parece que todo mundo que trabalha lá se diz mais conhecedor da vida, e da forma como a vida funciona, que você.

O Dia Que Carla Camuratti Achou Um Sorriso - Parte 2.

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(J. C. Peu) O ônibus contorna um morro numa curva bastante acentuada para a direita, anda por uns 150 ou no máximo 200 quilômetros , faz nova curva para a esquerda, acelera um pouco e, depois de atingir uns 75 ou 80 quilômetros por hora, freia com força para não passar do ponto. Talvez não mais que cinco minutos e todo um microcosmos que é o lixão do caminho das torres some completamente das vistas dos passantes. Mas ele ainda está lá, mesmo que não o vejam. Vencida a barreira do caminho das torres, Carla sentia medo, também, de passar pelos homens armados na entrada da comunidade “A”. Para entrar lá, qualquer pessoa, tinha de responder a perguntas que os bandidos faziam. O que era estranho é que o medo que os bandidos sentiam de serem surpreendidos por outros bandidos da comunidade vizinha, levava-os a bolarem perguntas sobre toda a sorte de coisas e de todo grau de dificuldade. Parecia que se uma pessoa fosse capaz de responder às suas perguntas, não havia a possibilidade de que

Escritores de domingo

Li o livro "A Idade da Razão", de Sartre, tempos atrás, e o termo "escritores de domingo" ficou na minha cabeça. No dia 19 de agosto deste ano criei o blog com este nome "Escritores de Domingo", pois achei interessante a ideia de que, alguns escritores como eu, são realmente isso, "Escritores de Domingo". Fazendo uma pesquisa no google, procurava maneiras de fazer meu blog se tornar mais visível nas pesquisas do google, até agora não encontrei esta fórmula mágica, achei esta postagem, encontrada no endereço: http://antologianiilista.blogspot.com/2011/02/escritores-de-domingo.html Gostei de relembrar da gênese do nome do meu blog, embora não tenha apreciado muito a leitura de "A Idade da Razão". A única coisa que tirei de proveito foi saber dos "Pintores de Domingo", e dos "Escritores de Domingo". Escritores de domingo "-- Foi esse Gauguin que fugiu? -- perguntou repentinamente Ivich. -- Sim -- disse Ma

ABRAÇO NA ALMA

(Dhiogo Caetano)           Algo totalmente diferente.           Nunca tinha vivido a experiência de sentir aquela paz plena.           Deixei de existir por um segundo.           Meu coração batia mais forte, uma luz invadia meu ser.           Permaneci ali totalmente sem expressão.           Em inúmeras vezes abracei, mas nunca com aquela intensidade.           Poeticamente falando aquele momento era sublime, mágico, surreal.           A transparência da neblina completava a essência daquele lugar.           Posso ouvir os cânticos gregorianos e as vozes dos anjos que entoa a complexidade daquele momento.           Sentia o toque, mas era diferente algo nunca antes vivido por um mortal.           Um toque, um simples abraço que purifica a alma.   

Dicionário Sentimental de Coisas (In) Úteis

(J. C. Peu) Computador: É um caderno que podemos ligar na tomada. Se no caderno podíamos escrever nas contra-capas poesias, letras de músicas, desenhar, no computador podemos fazer a mesma coisa, e ainda mais um pouquinho, como jogar, ouvir música, o assistir a vídeos no ‘you Tube’. A vantagem do computador é que podemos viajar mais dentro dele. A desvantagem é que se faltar energia elétrica...

A MÉTRICA DOS PASSOS ENSAIADOS

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(Dhiogo Caetano) Infinitamente arte... Uma dança ao som de uma bela música clássica. Aquela menina baila como um anjo que paira no ar. Não consigo definir sua forma, mas a sua beleza é inigualável. Todos se encantam, com tão grande beleza. A métrica se funde com a musicalidade. Seus gestos maravilhosamente suavizam o ambiente. Uns choram, outros simplesmente ficam em transe diante da magia da dança. Os seus passos metricamente ensaiados corroboram para complexidade do momento. Lentamente ela se entrega à arte da dança. Todos mentalmente seguem os seus passos pelo salão. Um belíssimo coral se funde para contemplar, dança e cantar aquelas canções. Uma menina, uma mulher, um anjo, uma deusa... A arte plenamente viva... A fusão de amor, ensaio, magia, canção, emoção... Bravamente ensaiados aqueles passos metricamente suavizados. Aplausos!  

O Dia Que Carla Camuratti Achou Um Sorriso - Parte 1.

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(J. C. Peu)             Vários urubus reviravam o lixo em busca de comida. Às vezes, quando uma pessoa passava muito perto, olhavam de forma ameaçadora. Se alguém se aproximasse um pouco mais, davam pequenos vôos e pousavam alguns metros mais distante, o tanto quanto pudessem considerar uma distância segura. Mantinham suas asas abertas para parecerem maiores e mais ameaçadores do que eram realmente. O movimento de ficarem parados observando as pessoas com as asas abertas servia, também, para permanecerem preparados para novos vôos que os afastariam mais alguns metros de qualquer um que se aproximasse novamente.             Carla tinha medo de passar pelo caminho das torres, como era chamada uma faixa regular de terra que tinha grandes torres de energia e seus cabos como firmamento e, em baixo das torres, dois campos de futebol e um lixão onde habitavam os urubus. O já referido caminho das torres ligava uma comunidade carente que fica de um lado das torres a outra comunidade caren