🚀 Distopia, Luta e Realidade: Por Que Você Precisa Ler "O Homem Que Não Queria Matar" ✊🏿
Olá, pessoal! Hoje, eu quero destacar uma obra que transcende os limites do gênero e se estabelece como um grito fundamental na literatura contemporânea: "O Homem Que Não Queria Matar", de J. C. Peu (José Carlos Peu).
Este livro é um trabalho de Ficção Científica Distópica, mas se engana quem pensa que ele se limita a um futuro distante. Ele é, acima de tudo, um espelho afiado da nossa realidade, um marco da Literatura Afro-Brasileira e da Literatura Periférica.
Literatura Afro-Brasileira: A Distopia Como Palco da Ancestralidade
J. C. Peu, como homem negro, usa o cenário futurista para expor e combater o racismo estrutural.
* O Rosto do Genocídio: Na trama, o protagonista Alberto, um homem negro, é obrigado a matar pessoas consideradas improdutivas, sendo a maioria delas idosos negros. A obra joga luz sobre a lógica perversa que historicamente desumaniza e descarta a população negra.
* Questionamento da Elite: Alberto questiona o motivo de a elite branca de sua sociedade se interessar tanto pelo genocídio dos negros. Essa pergunta no futuro distópico é a mesma que ressoa nos noticiários de hoje no Brasil.
* Revolta e Identidade: A narrativa atinge seu ponto de ruptura quando Alberto é forçado a matar crianças negras. A revolta do personagem é o despertar de uma consciência que vê nas vítimas a imagem de seu pai, sua mãe e a si mesmo. É a negação de um projeto de extermínio, um tema central na literatura feita por autores negros.
Literatura Periférica: A Voz de Quem Vive a Luta Diária
A força do livro está ancorada na experiência de vida do autor, que traz a perspectiva da periferia e do trabalhador que luta por reconhecimento.
* Raízes Reais: J. C. Peu cresceu em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Sua história de vida está intrinsecamente ligada à narrativa. Ele mesmo já foi faxineiro, servente de obras e vendedor de jornais, assim como seus pais foram trabalhadores domésticos e camelôs.
* O Foco no Preconceito: O autor afirma que decidiu escrever sobre algo que conhece bem: o preconceito. Essa autenticidade transforma a distopia de ficção científica em um romance de denúncia social.
* Da Poesia à Prosa: Peu, que estreou na literatura com o livro de poesias "Negro Rom", utiliza a distopia para dar voz às violências que, em um mundo controlado por empresas capitalistas, atingem principalmente aqueles que vêm de baixo.
Uma Questão de Consciência
"O Homem Que Não Queria Matar" não é apenas uma leitura emocionante; é uma leitura necessária. Ele nos convida a refletir sobre a violência policial e o genocídio de jovens negros no Brasil.
O final, que questiona se Alberto conseguirá mudar o rumo da sociedade, é um chamado para que nós, leitores, também lutemos pela transformação da nossa.
Se você busca uma ficção que tem os pés fincados na realidade, uma voz negra e periférica que precisa ser ouvida, e uma história de revolta contra um sistema opressor, este livro é a sua próxima parada!
Já leu a obra ou quer saber mais sobre a escrita de J. C. Peu? Deixe seu comentário! 👇
Para saber mais sobre o autor, acesse:
* YouTube: TContoFicção Cientifica
* Instagram: @peu.jc
* Facebook: josecarios.dealcantara.79
Compre o livro no site da Editora Flyve:
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