Sobre os livros que li - BLADE RUNNER
Blade Runner ou Andróides Sonham Com Ovelhas Elétricas?
Recentemente li o livro Andróides Sonham Com Ovelhas Elétricas?, de P. K. Dick. Poucos autores conseguem criar universos tão ricos quanto Dick.
Nesta obra nós somos apresentados a um mundo distópico, apocalíptico, onde a poeira e a radioatividade acabaram com praticamente toda a vida animal. Ter um animal, qualquer que seja, é um sinal de grande status e distinção social.
O protagonista, Deckard, é um policial que aceita caçar um grupo de andróides pensando em ter algum dinheiro para substituir sua ovelha elétrica por uma de verdade.
Enquanto somos conduzidos pela caçada, somos apresentados a um tipo de religião, o mesmerismo, e a um programa de TV e rádio de um andróide chamado Buster Amigão. Há um duelo entre eles pela preferência das pessoas. Deckard se questiona, em dado momento, se ele mesmo não é um andróide, e acaba traindo a esposa com uma andróide.
No livro percebemos temas recorrentes em Dick, a religiosidade, a existência do real, o futuro caótico, etc. Certamente é um livro que merece ser lido, ainda mais com o avanço tecnológico que promete desenvolver a inteligência artificial e, quiçá, andróides funcionais em bem pouco tempo.
Entretanto, o filme Blade Runner, dirigido por Ridley Scott e baseado nesta história, me pareceu mais completo que o livro. Parece que muita gordura foi deixada de fora, resultando numa obra muito mais enxuta.
Quem leu o livro consegue perceber que muitas coisas do enredo do livro estão presentes, mesmo que não sejam aprofundados, o que de certa maneira faz com que uma obra complemente a outra.
O filme me parece mais filosófico, e faz o desespero dos andróides por mais algum tempo de vida ser mais pungente. O embate entre os personagens Deckard e Batty no final demonstra o quanto Batty, o andróide, era humano, e sua frase final é, talvez, o epitáfio mais forte para a pequenez humana.
Recentemente li o livro Andróides Sonham Com Ovelhas Elétricas?, de P. K. Dick. Poucos autores conseguem criar universos tão ricos quanto Dick.
Nesta obra nós somos apresentados a um mundo distópico, apocalíptico, onde a poeira e a radioatividade acabaram com praticamente toda a vida animal. Ter um animal, qualquer que seja, é um sinal de grande status e distinção social.
O protagonista, Deckard, é um policial que aceita caçar um grupo de andróides pensando em ter algum dinheiro para substituir sua ovelha elétrica por uma de verdade.
Enquanto somos conduzidos pela caçada, somos apresentados a um tipo de religião, o mesmerismo, e a um programa de TV e rádio de um andróide chamado Buster Amigão. Há um duelo entre eles pela preferência das pessoas. Deckard se questiona, em dado momento, se ele mesmo não é um andróide, e acaba traindo a esposa com uma andróide.
No livro percebemos temas recorrentes em Dick, a religiosidade, a existência do real, o futuro caótico, etc. Certamente é um livro que merece ser lido, ainda mais com o avanço tecnológico que promete desenvolver a inteligência artificial e, quiçá, andróides funcionais em bem pouco tempo.
Entretanto, o filme Blade Runner, dirigido por Ridley Scott e baseado nesta história, me pareceu mais completo que o livro. Parece que muita gordura foi deixada de fora, resultando numa obra muito mais enxuta.
Quem leu o livro consegue perceber que muitas coisas do enredo do livro estão presentes, mesmo que não sejam aprofundados, o que de certa maneira faz com que uma obra complemente a outra.
O filme me parece mais filosófico, e faz o desespero dos andróides por mais algum tempo de vida ser mais pungente. O embate entre os personagens Deckard e Batty no final demonstra o quanto Batty, o andróide, era humano, e sua frase final é, talvez, o epitáfio mais forte para a pequenez humana.
No fim do filme mais do que no livro nós ficamos com uma pergunta ressoando: seriam os andróides mais humanos do que os humanos que os perseguem?
O lançamento da continuação deste filme está marcado para 05/10/2017. Ele foi dirigido por Denis Villeneuve, o mesmo diretor do ótimo A Chegada. Os trailers já estão no YouTube. Parece que ele fez um bom trabalho. Eu torço para que essa continuação seja digna da obra prima de Ridley Scott.
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