(J. C. Peu) Ali havia uma casa Hoje há uma drogaria. Naquele shopping existia, Não a muito nem a pouco tempo atrás, Um brejo. Aterraram. Com barro vermelho, Entulho e saibro Socaram, Com bate estacas E tudo o mais. Se eu fosse um sapo Choraria. Ali havia também um barraco. Hoje há uma drogaria De uma rede rival À drogaria que agora existe Do outro lado da rua Onde antes era uma casa Simples, De tijolo e cimento, Que existia. Ali havia uma árvore Do outro lado do muro, Onde um terreno baldio Também havia. Hoje a árvore ainda existe E o terreno baldio também, Resistem. Viraram até ponto de encontro Para os usuários dos produtos Da drogaria. Ali existiam corujas, Sapos, brejos, casas e barracos. Hoje existem shoppings, prédios, Estação do metrô, Drogarias. Se eu fosse uma coruja poliglota Chirriava, Piava, Grasnava, Crocitava, Gritava, Chorava, e, Quem sabe até Latia. Este livro pode ser comprado no site do Clube de Autores. A arte da capa é de Thiago Miranda de Oli...