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Mostrando postagens de junho, 2012

Ray Bradbury

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No dia 06 deste mês morreu nos Estados Unidos, aos 91 anos, o escritor Ray Bradbury, um mestre da ficção científica. Este foi um acontecimento muito triste para todos os amantes da boa e velha ficção científica. Fiquei tão triste o dia inteiro que parecia que eu havia perdido um parente próximo. Depois eu cheguei a me envergonhar por isso, mas... Na verdade, ele era um dos últimos grandes mestres do gênero.  O tom poético das suas mais de 500 obras ajudou a tornar a ficção cientifica mais respeitada dentro da literatura. A lenda, e também o  prefácio  do livro, diz que ele foi escrito por Ray Bradbury em um dos porões da universidade da Califórnia, e que ele pagava dez centavos para usar a máquina de escrever por meia hora. Nove dias depois terminou seu livro mais famoso. Eu tenho a edição de bolso deste livro. Custou apenas R$ 19,90. Foi o dinheiro mais bem gasto da minha vida. No livro, é  proibido ler livros, mas disso todo mundo já sabe, mas o que é mais difícil d

Selo Moebius de Qualidade

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(A.Lessa) Saia da garagem, Seu Moebius! Saia desse canto de armação! Já cansei de tanto hermetismo! Cinismo, não! Essa poesia tem seu selo. Essa tinta parece carmim. Uso para embelezamento. Afeito, sim! Sai fora! Se cria! Escarra! Pode até chamar a Laura Que eu tô legal. Eu não tenho medo de palma Me passa o sal! Sou benquisto em Coelho Neto Do avô que lincha todo mundo. O difícil é ser num universo Onde se escalpela até couro desnudo. Cadê o Zé?! São 09:05! Não pensa muito não, amigo! Corre! Isso tudo é uma grande presepada. Moebius pensando que é sapiente. Para terminar. Parem de apertar. Passa a língua nesse selo Pra dialogar. Quando o Dias tentar A ti explicar.

Nossa Geração

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(J. Carlos) Como o tempo passa E deixa a gente pra trás. Como gira o mundo E a gente não cai. Como as chances passam E a gente só vê Quando já é tarde demais. O que eu posso fazer pra matar a dor? Quem eu preciso comprar Pra me fazer companhia? Mas eu não tenho dinheiro, Também não tenho alegria. E quem vai me ajudar a quebrar o gelo E a monotonia? E quem matou a gente? Quem nos fez sofrer? O que ganhou com tudo isso, Além de nos perder? Quando quebrei a perna Não pude mais andar. E se destroem nossos sonhos Nós não vamos mais sonhar. Como o tempo passa E deixa a vida pra trás. Como gira o mundo Às vezes a gente cai. Como as chances passam E não voltam nunca mais. Como é triste vermos Que poderíamos tentar mudar Mas não fazemos nada E tudo continua como está. Como é triste vermos nossa geração Que é comodista e Perdeu  a direção.

Açaí do Moebius

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(A. Lessa) Hoje no céu de veludo vejo Estrelas de algodão. Distanciam-se na noite. Hoje não tô bom! Meu corpo moeu... Só de pensar... Pará! Trem indo pro subúrbio E pela hora envolto em brasas... Olha! Noiva de véu cor-de-rosa Com alfinetes e vodu... Ouça! Nêgo caiu! Descarrilhou! Deve ser tiro de fuzil... Mas não tem nada não... O açaí do Seu Moebius Continua muito bom...

Escola

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(J. C. Peu) Na volta da escola Tudo o que aprendi Ficou por lá. Só trouxe lápis e borracha. Na vida tudo que se precisa É escrever e apagar. Escrevendo com uma mão E apagando com a outra. Marchando devagar rumo ao nada. Como um condenado para a forca. Eles nos ensinam uma coisa, Vem a vida e cobra outra. Quem nunca teve uma professora Gorda, velha, chata, Ou qualquer outra, Que não ensinou nada o ano inteiro E que ferrou todo mundo no fim do ano?

Casado 26 - s/filho (a)

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(A. Lessa) Meu bebê tá na hora De você acordar. Pelo relógio agora Já é madrugada. Todos estão dormindo Peço pra não gritar. Aí vai a chupeta Pra nenê não chorar. O papai gosta assim De nenê bem quietinho. Daqui a pouco eu trago Um leite bem quentinho. A pepeta cansou A boquinha do neném? Ou será que é febre? O termômetro já vem. O bebê está pelando Mas papai dá amor. De fraldinha limpinha Mamadeira chegou. Mama, mama o leitinho. Tem que beber todinho. Se golfar é normal Eu não sou lobo mau.

COMO O PERFUME DAS FLORES QUE EVOPARAM NO AR

(Dhiogo Caetano) O mundo é  um  eterno espectador... Um palco de alegrias e dores. Cenários, histórias, fantasias e realidades. A dor do sofrimento A busca constante pela alegria! Por uma paz mundial. Quanta  dor física ou psíquica... Por onde anda o amor? Alegria é   passageira, Quanto às ondas do mar que vêm e vai. Como o perfume das flores que evaporam no ar. A té quando! Precisamos de igualdade, fraternidade, solidariedade... A vida do ser huma no é um complexo do nada e do tudo... Ilusões e verdades construídas... Oh meu Deus! O que será desta nação humana!

William Wilson

(J. C. Peu) Wilson sabia tudo a respeito da vida de todas as pessoas do mundo. Sabia que John Miller, dono de uma lanchonete em Amherst, Boston, Massachusetts, havia trocado todo mobiliário de sua loja. Sabia até mesmo quantos dólares Miller já havia quitado de sua hipoteca, e quanto ainda devia pagar para liquidar completamente a dívida. Era inútil Wilson, que mora no Rio de Janeiro, saber sobre isso. Não era da sua conta saber que o número de graduados em instituições de ensino de Portugal, que procuravam emprego aqui no Brasil por conta da grande crise econômica, não parava de aumentar. Sabia até quanto dinheiro tais graduados gastavam com passagens e acomodações. William Wilson sabia que Rafael Monteiro, advogado brasileiro de 58 anos, pagou todas as despesas do enterro de seu pai, Heleno Monteiro. Wilson sabia que Heleno, de 116 anos, ficou internado na CTI do Hospital Sírio-Libanês em São Paulo por dois meses antes de morrer com falência múltiplas nos órgãos. Wilson sabia

Dialética

(J. C. Peu) Alienação é marxista Gorki é marxista Mais-valia é marxista A dialética é e não é... Durkhein é conservador O capitalismo é conservador Freyre é conservador O estado é conservador A dialética é, às vezes... Status quo é elitista Proust é elitista Meritocracia é elitista Crick é elitista A dialética é mais ou menos... Goular é popular O MST é popular Stevenson é popular A cota é popular A dialética Mais ou menos Às vezes É e não é.

E-mail

(J.C. Peu e A.Lessa) Recebi um e-mail Que falava, eu creio, sobre um novo socialismo. Falava sobre educação. Parecia uma coisa certa Que a educação era o caminho  Para alcançar a meta. Um outro e-mail dizia Ser importante eu dizer Para as mulheres que eu conhecia Sobre um certo perigo... Outro e-mail falava sobre uma pirâmide,  Um falava sobre injustiças,  Vários falavam sobre pornografia. Falavam sobre cinema, esportes. Falavam sobre teatro e TV, psicologia, ortóptica, causas indígenas, Hermeneuticometria... Palavra! E, em meio a essa  correnteza de banalidades, Reencaminho um e-mail Corrente.